IMAGEM: INTERNET
“... Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo” (Cecília Meireles)
Tomar decisões, mudar os planos, decidir o que fazer. Não é fácil, dá medo e você naturalmente pode se perguntar se está fazendo a coisa certa. É normal, sentir-se inseguro. Creio que esse sentimento acontece quando se esta prestes a tomar qualquer decisão em que seja necessário pesar a emoção e a razão numa espécie de balança. Pois veja, dizem que a emoção só nos leva a cometer besteiras (tenho serias dúvidas quanto a isso) e a razão deve ser sempre o critério principal na hora de escolher. Enfim, você que não é bobo nem nada, já deve estar se perguntando de que se trata essa crônica mesmo? Ah, trata do quanto é difícil decidir.
Definitivamente decidir é complicado (pelo menos o tema da crônica eu já decidi). Sou um ser complicado, complicante e complicador. Acredito que não se pode (nem se deve) decidir pelos outros nessa vida severina, mas que vale a pena conhecer e pesar algumas decisões dos outros para assim chegarmos a nossa.
Existem muitas decisões famosas como a de Che Guevara que decidiu conhecer pessoas, lugares e fazer revoluções, a do Walt Disney que escolheu criar um mundo mágico e maravilhoso, mas que pouca gente pode entrar. Shakeaspeare que decidiu convencer um monte de gente que amor é quando dois jovens se matam, Jesus que decidiu morrer para que muitos jovens vivessem, e o Gandhi que decidiu ensinar pra todo mundo como se mostra poder sem usar força nenhuma.
É angustiante decidir. Eu particularmente quando tenho apenas duas opções sempre acabo querendo seguir pela terceira via, e isso acontece até mesmo nas coisas mais simples. Tipo escolher entre a tinta branca e a amarela para pintar as paredes do quarto? Fico com a Azul. Ou qual time escolher para uma partida de vídeo game: Real Madri ou Milan? Barcelona. Nem mesmo o pedido na lanchonete eu consigo decidir sem me angustiar:
Vai de Pizza ou Hambúrguer? - pergunta o garçom
Respondo serenamente após um longo tempo folheando o cardápio – Pastel.
E o pior amigo leitor, é que às vezes não quero nem ter uma terceira opção, eu quero mesmo é não ter que decidir e seguir cantando igual ao Zeca Pagodinho deixa a vida me levar, vida leva eu.
Kant dizia que a alma e o corpo são duas coisas com vontades distintas, meu corpo, por exemplo, quer decidir logo e ir fazer algo válido, já a minha alma quer ficar e aproveitar o ócio (ou seria o contrario?) para terminar de escrever essa crônica - espera aí, a crônica é algo valido? Isso é um saco, logo agora que eu tava buscando a purificação da alma, e me libertar desses sentimentos vis, o que fazer?
Desisto ou insisto?
Opa! Não responda. Independentemente de sua resposta, sempre chega à hora de ir, e, vou-me embora, se não permaneço aqui com essa indecisão.
Bruno Paulino é Graduando em letras pela Feclesc/UECE.
Cordenador do Projeto Papo Cultural promovido pela ONG IPHANAQ.
Escreve aos domingos como colaborador na categoria O SERTÃO EM PROSA
1 comentários:
Oh! seu "minino" Bruno,
Teu papo inicial tão filosófico me deixou pensando que era aquela coisa de "alianças". Aí começei a pensar se ia de vestido ou conjunto pantalona, se usava vermelho ou azul etc, etc.
Postar um comentário