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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

AMBULÂNCIA É ABASTECIDA PELA POPULAÇÃO


Vânia Maria Cordeiro da Silva, residente na Vila São Paulo, denuncia a dificuldade de atendimento na saúde de Quixeramobim.

Segundo ela, desde a última quarta-feira, 22, buscava junto à Secretaria de Gestão Hospitalar a carga de oxigênio para o tratamento de sua mãe, uma senhora idosa que há cinco anos precisa do recurso para sobreviver, tendo que se submeter à utilização por dezoito horas diárias, conforme prescrição médica. O tratamento é feito em casa, mas, há três dias, relata Vânia, a família não contava com o produto, que não havia sido fornecido, conforme teria sido informado por funcionários da secretaria, por não haver ambulância disponível para levar a carga até a residência.

Conforme afirma Vânia, na tarde de sexta, 24, ela dirigiu-se até o Hospital Regional Dr. Pontes Neto, levando sua mãe para que lá pudesse tomar o oxigênio por pelo menos algumas horas. Ao chegar ao local, viu que havia uma ambulância estacionada, e solicitou que levasse até sua casa o oxigênio, mas foi informada por funcionários que o veículo não estaria funcionando por falta de combustível. Não havendo no momento pessoa responsável pelo abastecimento e diante da necessidade, Vânia prontificou-se a abastecer o veículo, que depois de abastecido atendeu, enfim, à solicitação da entrega.

Em resposta a denuncia, a Dra. Ana Cláudia Pimenta contestou a versão apresentada por Vânia, dizendo que a mesma teria procurado o hospital apenas na sexta-feira e não desde quarta, conforme a denúncia. Ana Cláudia, que é a secretária de gestão hospitalar, afirmou inclusive, não ser de competência de sua secretaria o fornecimento do produto, mas sim da secretaria de saúde, e que estaria fornecendo atualmente porque na gestão de Neto Nogueira nada teria sido feito para solucionar o problema. Para a secretária, Vânia estaria aproveitando o momento político para denegrir a gestão hospitalar, o que foi rebatido por Vânia que apresentou um recibo que comprovaria o pagamento do combustível do abastecimento da ambulância.

Conforme Vânia declarou à nossa reportagem, a necessidade de urgência no atendimento e a indisponibilidade do veículo para conduzir o oxigênio até sua residência a motivaram a pagar do próprio bolso a quantia necessária do abastecimento, para que a situação fosse resolvida. “Minha mãe precisava do oxigênio, desde quarta-feira que eu buscava e não conseguia, tive que fazer algo. Não se concebe que uma ambulância fique parada num estacionamento sem atender às pessoas por falta de autorização para o abastecimento. Esse é meu questionamento. Minha mãe não podia esperar. Ela precisa receber o oxigênio dezoito horas por dia e não tinha mais. Eu tinha que fazer alguma coisa. É a vida da minha mãe”, disse Vânia.

Vânia negou que sua denúncia seja motivada por qualquer interesse político, pois não se aliaria a nenhum grupo e, como disse, “que eu saiba as eleições este ano não são municipais, mas o problema da saúde é. É disso que eu estou falando”.

Como no município existem duas secretarias que tratam de saúde, sendo uma delas a de saúde propriamente dita e a outra de gestão hospitalar, o que a população espera, sem dúvida, é que haja entre ambas uma coordenação para que não se instale um jogo de empurra-empurra e no final, as pessoas que busquem atendimento acabem sendo prejudicadas.
FONTE: SISTEMA MAIOR DE COMUNICAÇÃO

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