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quinta-feira, 17 de março de 2011

QUIXERAMOBIM E SUA HISTÓRIA

Osvaldo Martins e o Casarão da Prefeitura
Pôr Osvaldo Costa
Reforma do casarão na década de 1970 após adquirido pelo município, que passa a tê-lo como sede do executivo municipal.
 
Em sete de dezembro de 2010, completou-se um ano do falecimento de Osvaldo Martins de Almeida, meu pai, prefeito de Quixeramobim por duas ocasiões (1975-77; 1983-1989). A intenção desta coluna não é abordar a dor pela perda de um pai, mas realçar a memória deste homem naquilo que ela dialoga com as questões públicas do Município.

Poucos sabem, mas foi Osvaldo Martins quem garantiu para o patrimônio histórico de Quixeramobim o sobrado que hoje sedia a Prefeitura Municipal. A intervenção deu-se durante seu primeiro mandato, entre 1975 e 1977. Osvaldo havia sido eleito vice-prefeito em chapa encabeçada por Alfredo Machado que, eleito deputado estadual, deixara o cargo para assumir o mandato legislativo. Até migrar para o sobrado, a prefeitura funcionava na Casa de Câmara e Cadeia. A edificação pertencia à família Pimentel e estava em situação muito precária quando Osvaldo propôs a aquisição pela Administração. Após negociação, o casarão foi comprado, restaurado e entregue à população como sede do Executivo Municipal. Todo o processo teve assessoria técnica do arquiteto Fausto Nilo.

A inauguração aconteceu às vésperas do prefeito encerrar seu primeiro mandato. O fato motivou uma brincadeira. O Governador do Estado, Adauto Bezerra, comentou que não entendia como um morador reformava uma casa e a entregava tão bela para um outro morar. Ao comentário, Osvaldo respondeu que não seria ele quem devia desfrutar de sua ação, mas a história e o povo de Quixeramobim. Seis anos mais tarde, Osvaldo foi eleito prefeito e cumpriu seu segundo mandato no novo paço municipal.

Trinta e quatro anos depois, as legislações atuais e a mobilização da sociedade civil em torno de questões do patrimônio público, comprovam a grandeza da intervenção do prefeito. Não fosse isso, o casarão da Família Pimentel provavelmente estaria demolido ou sofrendo dilapidações e Quixeramobim teria perdido mais um prédio de grande importância histórica e arquitetônica.
  


FONTE: IPHANAQ-PATRIMÔNIO VIVO

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