1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A CRÔNICA PERDIDA


                                         IMAGEM: INTERNET
Sempre fui de perder as coisas. Sou bagunceiro e descuidado por natureza, a desorganização faz parte da minha condição biológica e herança genética (só pode ser), e o meu descuido não é descaso, mas distração. Perder as coisas com frequência fez de mim um sujeito que não tem apego a quase nada (justamente para não sofrer de traumas), por isso apenas me aperfeiçoei aos livros que não são objetos descartáveis, e as cervejas que são, digamos de natureza degustável.

Sou um especialista em perder as chaves de casa, o celular, o controle da televisão, as meias, o horário e as canetas, e para achar esses objetos, não adianta apelar para os céus e implorar de joelhos prometendo “Seu Longuinho, seu Longuinho, se eu achar dou três pulinhos”, pois isso só não é garantia de sucesso na empreitada , veja que não estou negando que a fé é de grande ajuda, mas o que quero dizer é que se acha mesmo as coisas é procurando, simples assim, é revirando tudo que estiver no caminho que se acha os perdidos.

Bom a essa altura, você leitor já deve está se perguntando por que diabos eu estou falando nisso de perder as coisas? Mas, calma, calma, não criemos pânico, que eu já explico, é que sou um cronista (algo que certamente já notou), muito do vagabundo por sinal, e todo domingo tenho essa obrigação de lhe entreter com essas palavras que tentam ser engraçadas para despertar seu riso e aliviar sua cabeça das noticias ruins que lhe bombardeiam (que obrigação!), porém acontece que escrevo tudo no notebook, mas não salvo nele, eu salvo o arquivo das crônicas apenas no pen drive, e eis que na semana passada depois de finalizada a crônica, perdi o diabo do pen drive e por conseguinte o arquivo da crônica.

Mas eu procurei, procurei como se procura uma agulha num palheiro (é palheiro ou banheiro? enfim não importa, mas gostaria de dar parabéns para o sujeito que primeiro usou essa expressão) e necas de encontrar, não estava no bolso da calça, nem na mochila, muito menos no quarto, certifiquei-me que não o esqueci no nootebook, enfim, não o encontrei, parei de procurar e admiti que perdi o pen drive, e o pior admiti que perdi a crônica, a crônica mais linda que escrevi, a crônica mais linda do mundo, e ao nobre leitor agora passo a missão de procurá-la, e se por acaso encontrar, por favor entre em contato com esse cronista vagabundo.



Bruno Paulino é Graduando em letras pela Feclesc/UECE.



 
Cordenador do Projeto Papo Cultural promovido pela ONG IPHANAQ.
 
Escreve aos domingos como colaborador na categoria O SERTÃO

7 comentários:

Adoro de paixão estas cronica que me fazem rir de montão. Muito bom tudo que escreves. Parabens....

Pois tarte de encontrar logo esse pen drive, pois quero apreciar logo logo a essa crônica! kkkkk

Quem procura acha! O ser humano sempre está a procura de... está sempre buscando amor, dinheiro, sucesso, felicidade, as chaves de casa, o pen drive (eu tb ja perdi o meu dezenas de vzs)... Muito legal a crônica. Fiquei curiosa p/conhecer a crônica perdida.
P.S."O amor e a literatura coincidem na procura apaixonada, quase sempre desesperada, da comunicação."
(Jorge Duran);-)

Adorei mais essa crônica, e fiquei bastante curiosa em ler essa crônica tão linda que você e fez e perdeu...
trate de encontrar viu!!!

o Bruno é bom... escreve bem e de maneira leve, de modo, que nos ajuda a entender o que ele quer... ô Brunão, o publicitário da familia sou eu viu... rsrsrs! Deus lhe abençoe...

Tb já perdi um pen drive, espero que quem encontre apague td e não cometa um plágio...kkkkkkkkk

Maravilhosa crônica Bruno cumpriu a missão a que se propôs!

M. Lemos

trate* só corrigindo meu erro de digitação.