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quinta-feira, 3 de março de 2011

MAIOR CEMITÉRIO PÚBLICO DE QUIXERAMOBIM ESTÁ SUPERLOTADO

Problema só será resolvido no fim do ano de 2011, conforme secretário municipal.
Duas dores no mesmo momento, é assim que as famílias da cidade de Quixeramobim, no Sertão Central cearense, têm enfrentado nos últimos dias quando precisam enterrar um parente que ‘parte dessa pra melhor’. Além de suportar a dor por ter perdido um ente querido, as pessoas ainda tem que enfrentar o segundo problema que é buscar um local para o sepultamento.
Com 142 anos de criação, o maior cemitério público da cidade de Quixeramobim, não dispõe de locais para sepultamentos de pessoas que não tenham túmulos naquele ambiente. Hoje quem procura o cemitério Nossa Senhora do Carmo, receber a ingrata surpresa que não há mais vagas, sendo que, de forma solidaria o próprio coveiro Antonio Fernando da Silva, emprestou o tumulo de sua família para enterrar uma pessoa desconhecida.
De acordo com o coveiro a última reforma deu-se em meados da década de 80 e que até então o mesmo precisa de mais espaço e de uma boa reforça, a capela está também com problemas.
Sem manutenção e com a falta de túmulos, os caixões estão espalhados pelas galerias, muitos túmulos estão abertos e o muro está danificado, facilitando o acesso de pessoas que queiram furta qualquer objeto no local.
"Já aconteceu caso de pessoas chegarem aqui com seu ente e não achar vagas, com isso foi enviado para outro cemitério”, afirma artesão Iran Nascimento que está revoltado com tamanho descaso.
A situação é tão gritante que o coveiro teve que ceder o tumulo de sua família para enterrar pessoas estranhas, "essa semana tive que emprestar o meu pra uma pessoa estranha se enterrar”, garante o coveiro Antonio Fernando da Silva.
Mas este não é um caso isolado no município de Quixeramobim, a mesma situação é vivenciada pelos moradores do pequeno distrito de Caraúna, o cemitério de lá está atendendo praticante todo o município e com isso os moradores estão apreensivos que também em breve vai faltar vaga para sepultamentos, a moradora Brenda Saraiva, agente de Saúde, denuncia que IML  de Quixeramobim , está enterrando pessoas sem identificação no local, "está sendo preenchidos por pessoas que agente não sabe nem quem é”, reclama. Em resposta o diretor do IML, Marcos Ferreira, disse que a demanda tem sido baixa e que apenas 12 pessoas foram enterradas nos últimos cinco anos pelo IML, "a nossa demanda para os cemitérios públicos é bem abaixo do normal, tem que ver com a prefeitura e são eles quem nos tem orientado”.
Conforme o secretario de Infra estrutura,  Aloísio Cosmo, o mesmo tem conhecimento da situação e que já há um projeto de expansão do cemitério da cidade, ele prometeu até o fim do ano resolver o impasse. Enquanto isso ninguém quem precisar enterrar um ente tem que esperar surgir uma vaga.

FONTE: REVISTA CENTRAL

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