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sexta-feira, 11 de março de 2011

RADIALISTA DENUNCIA CLIMA DE INSEGURANÇA E AMEAÇAS

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J. Willame teve que receber escolta policial para não sofrer agressões na rádio
FOTO: TUNO VIEIRA

"Até quando haverá ameaças? Será que vai ser preciso outra outro profissional de Imprensa morrer porque fez uma denúncia publicamente?"

As declarações foram feitas, ontem, pelo radialista José Willame Fernandes, o ´J. Willame´, apresentador de um programa na Rádio FM Humaitá, da cidade de Senador Pompeu, no Sertão Central. O locutor referia-se às ameaças de morte que teria sofrido na sexta-feira (4), dois dias após uma manifestação ocorrida naquele Município contra a criminalidade. A onda de violência em Senador Pompeu, segundo ele, motivou os cidadãos a realizar o protesto.

Portas fechadas
Durante uma passeata, moradores e comerciantes fecharam por duas horas as portas de seus estabelecimentos para denunciar a onda de violência que atinge o Município, especialmente os casos de assaltos, furtos e crimes de pistolagem.

Segundo J. Willame, a manifestação contou com a cobertura jornalística de vários veículos de Comunicação da Capital e daquela região. O protesto foi promovido pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Paróquia de Senador Pompeu, Cáritas, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e outras entidades.

Conforme o radialista, dois dias depois do evento, ele denunciava o clima de insegurança no Município e foi mais além, estava lendo no ar um relatório elaborado pela Controladoria Geral da União (CGU) que concluiu pelo desvio de verbas no valor de R$ 2 milhões pela Prefeitura daquele Município, dentro de uma operação que vem sendo realizada conjuntamente pela Polícia Federal e a Controladoria Geral da União e já resultou no afastamento e até prisão de vários gestores públicos.

"Soube de boatos de que a sede da emissora seria invadida. Até achei que seria algum trote. Mas, minutos depois, apareceram várias pessoas na rádio e o prefeito do Município (Antônio Teixeira de Oliveira), junto com o vice-prefeito (Luiz Flávio Mendes de Carvalho, o ´Chico do Inharé´) e funcionários da Prefeitura. Para não ser linchado e ter a sede da emissora invadida, acionei a Polícia. Tive que sair escoltado do local e em meio a um corredor polonês", denunciou o radialista na Redação do Diário do Nordeste.

Conforme o radialista, na delegacia da Polícia Civil foram lavrados dois T.C.Os. de ameaça e incitação à violência contra o prefeito e seus auxiliares. "Mesmo assim, as ameaças persistem", diz J. Willame. O proprietário da emissora, Francisco Jeová, informou que as denúncias de insegurança no Município serão enviadas, à Justiça e ao Ministério Público.

Prefeito nega
Em entrevista ao jornal, na noite de ontem, por telefone, o prefeito de Senador Pompeu rebateu as denúncias. "Evitei uma tragédia. Ele estava falando inverdades no seu programa e a população se revoltou. Comuniquei o fato à Polícia e o delegado foi buscá-lo. Ele não saiu escoltado, ele foi tirado de lá pela Polícia e levado para a delegacia", afirma Antônio Teixeira.

O prefeito disse ainda que, por conta do episódio, foi lavrado T.C.O. contra o radialista por crimes de calúnia, injúria e difamação, além de desacato. O político sustenta que até sua esposa vem sendo difamada no ar pelo radialista.


FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE / POLÍCIA

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