Amostras do inseto coletados na laje do Hospital de Choró foram encaminhadas à Vigilância Sanitária
FOTO: ALEX PIMENTEL
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Insetos transmissores da Doença de Chagas estavam alojados na laje do centro de assistência à saúde de Choró
Agentes de endemias encontraram insetos do tipo "Barbeiro", transmissores da Doença de Chagas, na laje da principal unidade de assistência à saúde da cidade, o Hospital Padre José Bezerra Filho. Os próprios funcionários da unidade foram os primeiros a denunciarem junto à Vigilância Sanitária, que providenciou a fiscalização pelos seus agentes. Enfermeiros, atendentes e pacientes ficaram assustados.
Segundo o supervisor dos agentes de Endemias de Choró, Luiz Wagner da Silva, os barbeiros estavam realmente se reproduzindo na laje do hospital, numa colônia. Toda a área foi isolada e borrifada. "Os focos existentes foram eliminados", assegurou Silva. Uma espécie foi recolhida para análise laboratorial. Quanto ao surgimento dos insetos no hospital, ele atribuiu à proximidade da área serrana, aos fundos do imóvel. O desmatamento da vizinhança também foi apontado como provável causa da infestação.
Ao lado do Hospital Municipal está localizado um conjunto habitacional. Os moradores ficaram surpresos com a existência de barbeiros naquelas imediações. Também demonstraram preocupação com o cemitério de carros no terreno do hospital. São ideais como moradia para outro tipo de transmissor de doença grave, o mosquito da Dengue. Está chovendo na região e as sucatas estão acumulando água. "Se os órgãos de fiscalização não foram capazes de evitar a proliferação do barbeiro, quem garante que o Aedes aegypti não vai atacar", desabafou uma vizinha pedindo para não ser identificada. Sobre as sucatas, o próprio prefeito de Choró, José Antônio Rodrigues Mendes, conhecido por "Dé", informou que em breve serão retirados do terreno do hospital. Um leilão está sendo providenciado para venda dos veículos velhos pertencentes ao acervo do Município. Enquanto o leilão não acontece, os agentes de endemias realizam inspeção periódica, evitando a proliferação do foco. Cuidados especiais também são tomados em relação ao barbeiro. Anualmente é feita varredura, atendendo orientação dos órgãos do Estado e Federal de endemias. Conforme a assessora técnica do Núcleo de Controle de Vetores - Doença de Chagas, da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), Cláudia Mendonça, no Ceará são coletados anualmente, em média, 40 mil insetos transmissores da doença, não obrigatoriamente infectados.
Atualmente, existem nove espécies catalogadas no Brasil. Duas delas estão com mais frequência em convívio com o homem: Triatoma brasiliensis e Triatoma pseudomaculata. Podem ser encontradas nas casas e nos quintais. Galinheiros são locais adequados para acolhimento das colônias.
Procotó, chupão ou bicudo são nomes populares de todos os triatomíneos.
O último caso de Doença de Chagas confirmado no Ceará ocorreu em 2008, no Município de Sobral, acrescentou a especialista da Sesa. O mais grave deles no Estado foi registrado em 2006, na cidade de Redenção. Oito pessoas foram infectadas. Tinham consumido uma sopa com cheiro verde. A verdura estava contaminada com fezes do barbeiro. O caso de Choró, em um hospital, foi uma surpresa para ela. A técnica ressaltou a necessidade de remessa das espécies recolhidas no hospital para análise laboratorial.
Somente por meio dela será possível confirmar se realmente são transmissores da doença e se estão infectados. De qualquer forma é preciso tomar cuidado. Em caso de dúvida, chamar imediatamente os agentes de endemias da cidade.
MAIS INFORMAÇÕES
Secretaria de Saúde do Município de Choró
Telefone: (88) 3438.1111
Rua: João Ney Paracampos, S/N
Alex PimentelColaborador
Agentes de endemias encontraram insetos do tipo "Barbeiro", transmissores da Doença de Chagas, na laje da principal unidade de assistência à saúde da cidade, o Hospital Padre José Bezerra Filho. Os próprios funcionários da unidade foram os primeiros a denunciarem junto à Vigilância Sanitária, que providenciou a fiscalização pelos seus agentes. Enfermeiros, atendentes e pacientes ficaram assustados.
Segundo o supervisor dos agentes de Endemias de Choró, Luiz Wagner da Silva, os barbeiros estavam realmente se reproduzindo na laje do hospital, numa colônia. Toda a área foi isolada e borrifada. "Os focos existentes foram eliminados", assegurou Silva. Uma espécie foi recolhida para análise laboratorial. Quanto ao surgimento dos insetos no hospital, ele atribuiu à proximidade da área serrana, aos fundos do imóvel. O desmatamento da vizinhança também foi apontado como provável causa da infestação.
Ao lado do Hospital Municipal está localizado um conjunto habitacional. Os moradores ficaram surpresos com a existência de barbeiros naquelas imediações. Também demonstraram preocupação com o cemitério de carros no terreno do hospital. São ideais como moradia para outro tipo de transmissor de doença grave, o mosquito da Dengue. Está chovendo na região e as sucatas estão acumulando água. "Se os órgãos de fiscalização não foram capazes de evitar a proliferação do barbeiro, quem garante que o Aedes aegypti não vai atacar", desabafou uma vizinha pedindo para não ser identificada. Sobre as sucatas, o próprio prefeito de Choró, José Antônio Rodrigues Mendes, conhecido por "Dé", informou que em breve serão retirados do terreno do hospital. Um leilão está sendo providenciado para venda dos veículos velhos pertencentes ao acervo do Município. Enquanto o leilão não acontece, os agentes de endemias realizam inspeção periódica, evitando a proliferação do foco. Cuidados especiais também são tomados em relação ao barbeiro. Anualmente é feita varredura, atendendo orientação dos órgãos do Estado e Federal de endemias. Conforme a assessora técnica do Núcleo de Controle de Vetores - Doença de Chagas, da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), Cláudia Mendonça, no Ceará são coletados anualmente, em média, 40 mil insetos transmissores da doença, não obrigatoriamente infectados.
Atualmente, existem nove espécies catalogadas no Brasil. Duas delas estão com mais frequência em convívio com o homem: Triatoma brasiliensis e Triatoma pseudomaculata. Podem ser encontradas nas casas e nos quintais. Galinheiros são locais adequados para acolhimento das colônias.
Procotó, chupão ou bicudo são nomes populares de todos os triatomíneos.
O último caso de Doença de Chagas confirmado no Ceará ocorreu em 2008, no Município de Sobral, acrescentou a especialista da Sesa. O mais grave deles no Estado foi registrado em 2006, na cidade de Redenção. Oito pessoas foram infectadas. Tinham consumido uma sopa com cheiro verde. A verdura estava contaminada com fezes do barbeiro. O caso de Choró, em um hospital, foi uma surpresa para ela. A técnica ressaltou a necessidade de remessa das espécies recolhidas no hospital para análise laboratorial.
Somente por meio dela será possível confirmar se realmente são transmissores da doença e se estão infectados. De qualquer forma é preciso tomar cuidado. Em caso de dúvida, chamar imediatamente os agentes de endemias da cidade.
MAIS INFORMAÇÕES
Secretaria de Saúde do Município de Choró
Telefone: (88) 3438.1111
Rua: João Ney Paracampos, S/N
Alex PimentelColaborador
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE / REGIONAL
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