A tradição da malhação de Judas chegou à América Latina pelos portugueses e espanhóis. Aos poucos, o costume está desaparecendo, mas ainda resiste em algumas Localidades.
A queima de Judas, o apóstolo traidor de Cristo no sábado de Aleluia é uma tradição milenar da Semana Santa que resiste ao tempo. No distrito de São Miguel, no município de Quixeramobim, o passeio de Judas é normal pelas Ruas.
Durante todo o sábado, centenas de pessoas entre moradores e visitantes que passavam o feriadão naquela localidade tiravam fotos com os bonecos que a cada momento passavam pelas Ruas em motos ou carrinhos de mãos.
À noite, moradores aguardavam o momento de queimar o boneco. Josias Faustino, 87, um dos moradores mais antigo apreciava a brincadeira dando conselhos de como desfilar com o boneco, “é muito bom ainda existir essa tradição, muitas crianças não tem a oportunidade de ver uma brincadeira dessas, coisas assim não pode deixar morrer, me lembro quando era jovem e realizava toda essa brincadeira e todo mundo se divertia bastante”.
O pesquisador cultura popular Gilmar de Carvalho,comentou ao Jornal O Povo desta Sexta-Feira,22, que a tradição da malhação do Judas se perdeu bastante no contexto dos centros urbanos, mas ao mesmo tempo vem sendo retomada. "Se antes a malhação do Judas era voltada para a realidade da comunidade onde estava inserida, com leitura de testamentos e brincadeiras sobre os defeitos da vizinhança, hoje ela tem ganhado força pela conotação política que agrega".
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