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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

DECISÃO DA JUSTIÇA CAUSA POLÊMICA EM QUIXADÁ

A divulgação da decisão do juiz titular da Vara Única de Mulungu, respondendo pela 3ª Vara de Quixadá, Rommel Moreira Conrado, acatando solicitação de liberdade para cinco das oito pessoas presas, acusadas de integrarem o bando responsável pelo “estouro” de caixas eletrônicos no Sertão Central        pegou a população de Quixadá de surpresa. Hoje é feriado no Município; aniversário de emancipação. As ruas estão praticamente desertas. As emissoras de rádio da cidade não apresentam seus noticiários. Mas ontem mesmo os comentários nas ruas, bares e restaurantes eram um só, a decisão da Justiça, um absurdo para a maioria. “A polícia prende e a Justiça solta”, o discurso era praticamente o mesmo.
 
Para a maioria o motivo da indignação se dá ao fato de saberem do rastro de crimes praticados pelo bando, conforme a Polícia, liderado por David William Lázaro, o ´Deivinho´, considerado chefe do grupo, João Alves de Queiroz Neto, o “Pitchu”, tido como o braço armado do bando, Henrique Aquiles de Castro Braga, que seria o responsável pela manipulação de explosivos e ainda Cidicleiton Rodrigues Barbosa e Antônio Ricardo Germano de Lima. Justamente as duas mulheres, que para muitos entraram de “laranja” no esquema,  Nayane Regina Lopes de Araújo, companheira  de Henrique e a amiga Lívia Nara Sousa Silva, ainda estão presas. Muitos estão revoltados, mas não se identificam com medo.  A sensação é de insegurança.

De acordo com o advogado Ricardo Alexandre Costa, responsável juntamente com o advogado Dário Pacheco pela liberação de Deivinho, João Neto e Ricardo, o juiz acatou pedido de relaxamento de prisão solicitada por eles, no qual alegaram não ter ocorrido continuidade, perseguição e nem materialidade comprobatória da participação deles no assalto à Faculdade Católica Rainha do Sertão. Agora os dois advogados aguardam o pedido de liberdade provisória das duas mulheres e de Júlio Cesar Pinheiro.

Ricardo Costa ainda esclareceu que Deivinho continua preso em razão de pedido de prisão temporária de cinco dias, relativa a outro fato, não revelado. O trabalho pela soltura de Cidicleiton coube ao advogado Antonio Carlos Júnior e sua equipe. “O advogado é indispensável à administração da Justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão” acrescentou o advogado Dário Pacheco.  Ele fez questão de ressaltar tal pronunciamento com o objetivo de esclarecer à sociedade o papel de quem se dedica ao oficio jurídico.

Acerca da decisão da Justiça, policiais que participaram da operação, denominada “Sertão Seguro”, não questionaram a decisão do magistrado, todavia, informaram que as investigações sobre o bando estavam sendo realizadas havia meses. Seriam cumpridos mandados de busca em breve, mas como o bando voltou a agir antes a operação foi realizada logo após o ataque a Faculdade Católica de Quixadá.” Se esse bando é inocente como chegamos até eles e encontramos muitas armas, explosivos e até o maçarico utilizado para cortar o aço dos caixas eletrônicos ? Se soubéssemos que seria assim não teríamos nos arriscado. A Justiça fez outra operação, Sertão Inseguro”, desabafou o policial.

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