1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

quinta-feira, 26 de julho de 2012

ESCRITOR CÉSAR BARRETO LANÇA LIVRO “ADORÁVEIS DOIDIVANAS” EM QUIXERAMOBIM

Noite de autografo da produção literária do escritor sobralense César Barreto Lima, cidadão honorário de Quixeramobim, estará sendo lançando no dia 27 de julho de 2012, um novo livro cujo título é: “Adoráveis Doidivanas.” 
O lançamento acontecerá no salão de convenções do Hotel Veredas do Sertão, a partir das 19 horas, ao preço especial de R$ 10,00 (Dez Reais), com renda sendo revestida para a casa do Ancião Santo Antônio, mantida pela Paróquia de Santo Antônio de Quixeramobim e as Irmãs da Misericórdia de Verona.  .
O livro de contos contará as estórias dos aluados que povoaram a infância do autor na cidade de Sobral. Fatos reais explorando o fantástico, o humor, mas, sobretudo o lado humano. O livro é dedicado ao Dep. Federal Mauro Benevides, ao comerciante Artur Pinheiro e ao radialista Ivan Frota. Também será homenageado o radialista de Quixeramobim Carlos Eloy.

Prefácio por Ângela Barreto

O escritor e poeta Cesar Barreto nos tem presenteado nestes últimos anos com livros de contos e causos vivenciados na cidade de Sobral.  Pelo Becco do Cotovelo já desfilaram personagens da política e cultura Sobralense. Para seu 8º livro, Adoráveis Doidivanas Cesar escolhe um tema muito atual – loucura/sanidade, normal/anormal.

Quem é o louco? Uma forma de ser no mundo, um desligamento da realidade em que ocorre a perda da consciência da sua realidade exterior.  A questão é repensar o lugar social da loucura, que ainda permanece situando o “louco” à margem da sociedade.  Através da leitura de Adoráveis Doidivanas convivemos com personagens reais como Capelão e Amadeuzinho, trabalhadores, pessoas produtivas e com certeza com um papel definido na cidade de Sobral e recebidos com carinho por tantos, motivo de serem aqui, agora, homenageados neste livro.  Pessoas como o Poeta, Seu Apolônio – o D.Pedro I e Miltão do Pe. Gerardo, este premiado com duas histórias.  É Claro, não podia faltar os “bebuns” da cidade como João Deapole e Júlio Novilho.  Estes moradores da cidade, antigamente considerados imorais, indisciplinados ou “loucos” ficariam mantidos fora do convívio social e seriam considerados representações demoníacas.  Na renascença estes “ desajustados” eram embarcados na “Nau dos Loucos” e estes navios ficavam a deriva em busca da razão

 Na contemporaneidade encontramos adoráveis ( as vezes, nem tanto) doidivanas circulando em nossos ambientes de lazer, no trabalho, em nossa vida social. Quantos adoradores ao “deus Baco”, quantos introspectivos Cesários, o esquisito mágico das bolas, adorado pelas crianças.

Este livro me lembra outra obra literária, de Machado de Assis.  Dr. Bacamarte, em O Alienista, aparece como símbolo de um saber duvidoso e que diante de sua teoria que busca uma fixação de limite entre o normal e anormal da mente humana, se coloca com poder diante de uma sociedade submissa.  Porfírio, o barbeiro que por ter liderado uma rebelião e por ter negado de participar de uma segunda rebelião, foi recolhido duas vezes na “casa verde”; Seu Coelho, que falava demais, Gil Bernardes, por ser espalhafatoso e até o Pe. Lopes porque tinha inúmeras virtudes, foram recolhidos. No final, 75% da cidade era moradora da “casa verde” por algum “desvio” de “padrão”.

Que padrão era esse?  Que padrão é esse?

É claro, não existe cultura que deixe de ser sensível àquilo que escapa a sua norma. Neste momento o comportamento fora daquele aceito pela sociedade, é loucura. A loucura, portanto, não é apenas determinada por fatores biológicos, mas, também pela cultura e valores sociais. É uma condição do ser humano, um espaço a ser respeitado e compreendido.

 Na atualidade, mais do que nunca, as pessoas estão adoecendo como se fosse a única forma de expressão para serem visualizadas. Neste império da eficiência, onde ninguém pode falhar, surgem as patologias da insuficiência – depressão, pânico, ansiedade; Para muitos, a saída é se tornarem “Adoráveis Doidivanas”, representantes “falantes” da sociedade e com certeza, presentes em cada um de nós.
COM INFORMAÇÕES DO JORNALISTA CRISANTO DIAS TEIXEIRA


0 comentários: