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É triste, mas é também verdade, que qualquer gesto ou ato de nobreza hoje nesse mundo veloz, seja comparado a loucura aos olhos de quem desconhece a palavra: Gentileza (que bonita palavra!). Gentileza gera Gentileza. Gratidão gera Gratidão. Amor gera Amor. Assim como cultivar sentimentos negativos gera sentimentos negativos. Tudo isso já foi ensinado pelo Profeta, e nós, displicentes como sempre, fizemos questão de esqueçer. Tenho muita inveja de gente que sabe ser gentileza (é uma inveja boa de ter). De gente que sabe sorrir diante das intempéries e olhar o mundo com olhos de esperança, extraindo da canção aquela “estranha mania de ter fé na vida”.
Não tenho dúvidas de que a erradicação do sofrimento humano deve ser a nossa principal preocupação nessa vida passageira. Por vezes ouvir e ofertar um ombro amigo basta para iluminar a vida de alguém, é lógico, que nesse processo de iluminação quem oferta o ombro acaba sendo iluminado também, é dando que se recebe. Como bem disse a Martha Medeiros em uma crônica “Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos; só mesmo agradecendo àqueles que gastam um pouco da sua energia conosco.” Só que dificilmente agradecemos, dificilmente conseguimos ser assim: Gente Gentileza.
Nas ruas, as pessoas (eu também me incluo nisso) podem até ter vontade de ser gentis, mas daí para colocar em pratica é um imenso desafio (será?), na grande maioria das vezes não estamos dispostas a tentar, seja por preguiça, falta de tempo ou simplesmente puro egoísmo. Embora todos nós saibamos que no fim das contas de alguma forma devemos ter a prática da gentileza como meta, se quisermos alcançar uma melhor qualidade de vida, e para tanto, é preciso fazer da Gentileza nosso escudo. Nosso alimento. Nosso mantra, tornando-a uma marca, e um dia, quem sabe, assim como São Francisco os nossos ombros sejam agraciados com uma Gentileza de Deus e sirvam de pousada para os passarinhos. Quer gentileza maior que essa?
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