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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

MISSÃO AFRICANA VISITA QUIXERAMOBIM


Os agrônomos e técnicos agrícolas da África, passaram uma semana no Estado do Ceará,  acompanham  um curso de ovinocaprinocultura promovido pelo Senar na cidade de Quixeramobim. Mais uma atividade que pode ser adaptada ao semiárido africano. Eles vieram ao Brasil conhecer os cursos de  capacitação e qualificação desenvolvidos pelo Senar para melhorar a produção, gerar renda e melhorar a qualidade de vida no campo. A missão faz parte de um acordo internacional de cooperação entre o Brasil e a África, através da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, em parceria com o Senar.
Na terça-feira eles estiveram em Pacajus, para acompanhar um curso de aproveitamento do caju, que ensina, entre outras coisas,  a  evitar o desperdício do pendúculo, “rico em vitamina C, ferro e  fibra. E,  desde quarta-feira, os técnicos dos 12 países do continente africano estão Quixeramobim, onde já conheceram as diversas utilidades da palma, uma planta que pode ser usada na alimentação animal e humana, porque é rica em ferro, vitamina A e proteínas e  previne o diabetes, regula o intestino e pode ser usada como antinflamatório.
Visitaram a Fazenda Caraúbo, onde o Senar-AR/CE estava ministrando  o curso sobre  Qualidade do Leite.  Quixeramobim é a maior bacia leiteira do Ceará.  Para garantir competitividade e alcançar novos mercados o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastacemento (Mapa) editou a Instrução Normativa 51. A medida impõe regulamentos técnicos de produção, identificação e qualidade do leite. O que, segundo o superintendente do Senar no Estado, Flávio Saboya,  valoriza o rebanho, mantém o monitoramento da higiene de ordenha, sanidade da glândula mamária da vaca, além do manejo alimentar. “Com a implementação das regras, a indústria obtém uma matéria-prima de qualidade, conseqüentemente, maior competitividade no mercado, e o maior beneficiado é o  consumidor.
Charles Dumont, instrutor do Senar, explica que é por isso que o  Senar vai  até a origem do produto. E ensinou  aos africanos e pecuaristas locais as vantagens a retirar o leite com segurança alimentar.
O pecuarista Antônio de Pádua, 64 anos, disse que o treinamento vai ajudar principalmente com a saúde das pessoas. “O leite já sai sem nenhuma contaminação ambiental. Além disso, cerca de 30% do que é produzido  chega até as nossas escolas, onde estão os nossos filhos e os nossos netos, né”, reforça o senhor Antônio.
Para Guettafi Ilhem, agrônoma da Argélia, todos os cursos que acompanhou, durante esses dias no Ceará,  tem uma grande importância, porque atendem diretamente as necessidades dos camponeses. "Temos muito leite no nosso país e precisamos de cursos de Promoção Social como este", informou Ilhem, interessada em uma parceira com o Senar-AR/CE.
Mais 80 agrônomos  e técnicos agrícolas  africanos devem visitar o Brasil nos próximos três meses, para conhecer a metodologia de trabalho na Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS), desenvolvida pelo Senar em todo o país. No roteiro estão o Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Paraná. Estados de regiões com semelhanças fundiária, de solo e clima da maior parte dos países africanos -  cerrado,  mata atlântica e semiárido, caso do Ceará.
Assessoria de Comunicação do Sistema FAEC / SENAR

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