A
produtividade alcançada na comunidade de Inharé chama a atenção dos que
passam pela região. É um verdadeiro oásis Fotos: Alex Pimentel
Numa das regiões mais áridas do Ceará, no sertão de Senador Pompeu, 45 famílias do Grupo de Apoio à Comunidade de Inharé (Gaci), uma comunidade rural situada a pouco mais de 5Km do Centro da cidade, um projeto produtivo, irrigado, implantado pelo Governo do Estado, se transformou na redenção agrícola e pecuária. A região se transformou num verdadeiro oásis, como ocorre onde há água e assistência técnica para a convivência rural.
De acordo com o gerente regional da Ematerce, Albany Rangel Rolim, o projeto produtivo comunitário implantado há seis anos, a partir da irrigação, por aspersão, foi instalado numa área de 165 hectares, em lotes de terras de aluvião, com recursos do Governo do Estado, inicialmente na ordem de R$ 3 milhões. Foram comprados conjuntos de irrigação e também implantada a rede de energia elétrica trifásica e seus ramais, além da aquisição dos relógios de dupla tarifação, necessários ao programa Horossazonal, o qual subsidia o custo da energia elétrica para fins produtivos.
O agropecuarista Francisco Alves Cavalcante é proprietário de um lote de seis hectares, no qual explora a bovinocultura de leite e a produção de goiaba. Ele possui 98 cabeças de bovinos, dentre matrizes e as crias. Estão no pasto, alimentando-se exclusivamente do capim braquiária. O pastejo é rotacionado, produzido pelo sistema de irrigação a um custo muito baixo. Ele produz diariamente 240 litros de leite, ao custo de R$ 0,54 o litro. Vende ao pelo preço final de R$ 0,85. Outra experiência bem-sucedida é do agricultor familiar Antônio Marcos Maciel. Ele produz feijão irrigado. Como o produto está em falta, no mercado, o preço está excelente para quem produz, conta o agricultor. Segundo ele, para produzir um saco de feijão irrigado, o custo é de R$ 120,00, enquanto a venda alcança até os R$ 300,00 na roça, sem nenhum custo adicional. O retorno é de 250%. Atualmente ele está produzindo uma nova safra de feijão. Espera colher cerca de 100 sacos, no mês de março, quando o preço deve estar melhor.
O presidente do Gabi, o agricultor Abssolon Mendes de Carvalho, destaca as ações governamentais desenvolvidas, com a assistência técnica e extensão rural, através dos técnicos da Ematerce, do Agropolos e da Prefeitura de Senador Pompeu, como cruciais para o sucesso do projeto. O modelo atrai visitantes constantemente. O último deles foi prefeito de Senador Pompeu, Vauiris Mendes, o qual tomou posse recentemente e uma comitiva de técnicos da região. O presidente da Ematerce, José Maria Pimenta, também participou da visita. "A nossa missão, como agente público, é buscar alternativas para manter o homem no campo, produzindo e ganhando o seu sustento com trabalho".
ALEX PIMENTELCOLABORADOR
Numa das regiões mais áridas do Ceará, no sertão de Senador Pompeu, 45 famílias do Grupo de Apoio à Comunidade de Inharé (Gaci), uma comunidade rural situada a pouco mais de 5Km do Centro da cidade, um projeto produtivo, irrigado, implantado pelo Governo do Estado, se transformou na redenção agrícola e pecuária. A região se transformou num verdadeiro oásis, como ocorre onde há água e assistência técnica para a convivência rural.
De acordo com o gerente regional da Ematerce, Albany Rangel Rolim, o projeto produtivo comunitário implantado há seis anos, a partir da irrigação, por aspersão, foi instalado numa área de 165 hectares, em lotes de terras de aluvião, com recursos do Governo do Estado, inicialmente na ordem de R$ 3 milhões. Foram comprados conjuntos de irrigação e também implantada a rede de energia elétrica trifásica e seus ramais, além da aquisição dos relógios de dupla tarifação, necessários ao programa Horossazonal, o qual subsidia o custo da energia elétrica para fins produtivos.
O agropecuarista Francisco Alves Cavalcante é proprietário de um lote de seis hectares, no qual explora a bovinocultura de leite e a produção de goiaba. Ele possui 98 cabeças de bovinos, dentre matrizes e as crias. Estão no pasto, alimentando-se exclusivamente do capim braquiária. O pastejo é rotacionado, produzido pelo sistema de irrigação a um custo muito baixo. Ele produz diariamente 240 litros de leite, ao custo de R$ 0,54 o litro. Vende ao pelo preço final de R$ 0,85. Outra experiência bem-sucedida é do agricultor familiar Antônio Marcos Maciel. Ele produz feijão irrigado. Como o produto está em falta, no mercado, o preço está excelente para quem produz, conta o agricultor. Segundo ele, para produzir um saco de feijão irrigado, o custo é de R$ 120,00, enquanto a venda alcança até os R$ 300,00 na roça, sem nenhum custo adicional. O retorno é de 250%. Atualmente ele está produzindo uma nova safra de feijão. Espera colher cerca de 100 sacos, no mês de março, quando o preço deve estar melhor.
O presidente do Gabi, o agricultor Abssolon Mendes de Carvalho, destaca as ações governamentais desenvolvidas, com a assistência técnica e extensão rural, através dos técnicos da Ematerce, do Agropolos e da Prefeitura de Senador Pompeu, como cruciais para o sucesso do projeto. O modelo atrai visitantes constantemente. O último deles foi prefeito de Senador Pompeu, Vauiris Mendes, o qual tomou posse recentemente e uma comitiva de técnicos da região. O presidente da Ematerce, José Maria Pimenta, também participou da visita. "A nossa missão, como agente público, é buscar alternativas para manter o homem no campo, produzindo e ganhando o seu sustento com trabalho".
ALEX PIMENTELCOLABORADOR
MATÉRIA PUBLICADA NO JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE
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